Estou aqui ouvindo Hooverphonic, uma banda belga que um amigo querido me apresentou, e pensando. A música no Brasil não é ousada, ninguém mistura nada. É um puritanismo de instrumentação, de efeitos, que chega a dar nervoso. De vez em quando aparece um que ousa um pouco e demora uma vida pra ser reconhecido, o Lenine é um deles. E ele faz isso de uma forma que não parece com nada além dele mesmo. E hoje já se diz: Que legal, parece Lenine! Mas afinal, as nossas influências são misturas de coisas, ou não? Alguém aí que ouve samba, ouve só samba e nada mais? E o rock não dá nem pra comentar, porque Queen é completamente diferente de Pearl Jam e os dois são rock.
Sei lá, às vezes eu fico achando que eu que sou a estranha porque ouço coisas que, à princípio, não combinam. Quando termina o disco do Police está na sequência Alcione e logo depois uma banda norueguesa que eu nem consigo pronunciar o nome e ninguém conhece mas eu achei na internet e curti o som.
Hooverphonic me traz uma sensação de compreensão, parece que ouvindo o som deles eu me identifico e entendo um pouco mais de mim. Sem a porção samba, claro, porque aí já é um pouco demais querer que os belgas tenham samba no pé, quer dizer nas guitarras!
Bom, obrigada Athur por me mostrar Hooverphonic. Me sinto em casa!
segunda-feira, 26 de abril de 2010
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